29 de julho de 2013

Entre amigas: História de amor

Olá meninas hoje trago pra vocês mais um história linda! Hoje é a da Ana!

          
Ana Mascarenhas e Jonathan Melo

"Bom, tudo começou no réveillon de 2010/2011. Foi o réveillon mais barra da minha vida, pois dois meses antes, em novembro, meu pai havia falecido. Enfim...

Fui pra festa de ano novo com minha melhor amiga, Amanda (beijo, amor
♥), e era festa da família dela. Eu tinha 15 anos, no auge das paqueras e já havia ficado com um primo dela um ano antes. Estava tudo marcado para ficarmos de novo, ele estava lá todo bonitinho e tinha minha idade mais ou menos, era um pouco mais velho só.
Mas aí, um certo primo beeem mais velho, com uma barba charmosíssima me chamou pra dançar! A família deles é toda nordestina, então o forró prevaleceu. (Ah, sou de Brasília) E eu nunca tinha dançado forró na vida HAHA, mas ali descobri que levo jeito pra coisa. Ele me rodou, jogou pro ar, rodou de novo, e eu estava adorando dançar com aquele cara.
Até que, a minha melhor amiga, a Amanda, disse que ele estava me esperando no carro. Suei gelado. Mas ah, já estava lá, um pouco feliz de bebida e fui. E foi ali nosso primeiro beijo, e gente, que beijo! O cara me reensinou a beijar, foi maravilhoso, único, íntimo, e eu conhecia há poucas horas. E intenso! Muito intenso. (Sai com a boca literalmente roxa).
Bom, pra mim era ficada de festa e nada mais, até que em janeiro nos encontramos de novo. Era aniversario da Amanda, e tcharãnnn, ele estava lá. E tcharãaan, ficamos de novo. E nisso, eu nunca tive a curiosidade de perguntar quantos anos ele tinha.
Passou fevereiro, eu fiz 16 anos, entrei no último ano do ensino médio e as prioridades da vida começando a apertar. Nos adicionamos no Orkut e no MSN (sim, nada de facebook na época ainda) e começamos a conversar mais. Um bom dia, boa tarde, boa noite, até que ele me chamou pra um passeio, o primeiro a sós. E daí fomos nos conhecendo mais e descobri sua idade: 28 anos.
Assustei a principio, lógico! Mas aquela diferença nunca era aparente quando estávamos juntos. Só quando eu ficava tão nervosa perto dele que não conseguia falar direito hahahaha, era uma muda, mais tímida que já sou normalmente.
Só que tinha um porém, ele foi bem honesto comigo, não queria relacionamento sério algum! E eu respeito isso. Só que: me apaixonei mesmo assim. E por um lado era bom ele não querer nada, eu não contei pra minha família, morria de medo da reação deles, então preferi deixar obscuro mesmo.
O tempo passava, a gente variava de cinema, teatro, barzinhos, parques, e sempre no “não é um relacionamento sério”, só que ele se apegava a mim também, por mais “durão” que fosse.
Até que, um ano depois, próximo ao outro réveillon, a frieza dele começou a me incomodar seriamente. Eu estava próxima a fazer todos os vestibulares, em faze decisiva, organizando os últimos detalhes da minha formatura e o cara que eu gostava cada vez mais distante, e eu não me sentia no direito de cobrar essa presença dele, afinal, eu havia aceitado aquela condição!
Ele viajou no réveillon, eu passei outra vez com a Amanda, mas em outra festa. Teve a comemoração dos 17 anos da Amanda, e ele estava lá. Mas ali foi o auge da frieza. Mal nos tocamos, ele mal falou comigo, e ali eu tinha decidido que fim! Não iria mais me colocar naquela situação.
Veio o meu aniversário! 17 também. E com isso, veio bolsa do ProUni, veio aprovação na UnB (Univ. de Brasília), e minha vida deu um 360º TOTAL! Conheci gente nova, mudei os ares, cortei o cabelo e mudei o estilo musical dos fones, mas, ainda amando aquele cara.
Conheci outro cara, ficamos juntos por um tempo. Foi até bom, pois ficando com ele dei mais valor ainda pro meu cara. Ficamos juntos de março até julho, e foi tempo suficiente pra ele me destroçar, porque eu realmente criei um carinho muito grande por ele! E, do aniversario da Amanda ATÉ julho, eu não havia visto mais o meu cara.
As noticias da minha vida correram rápido, e logo que ele ficou sabendo do que o outro tinha me feito, voltou a falar comigo desesperado, morrendo de raiva do “cidadão” (ele o chama assim até hoje, haha) e preocupado comigo, pois eu estava sofrendo.
Surtei! Como assim você fica esse tempo todo sem falar direito comigo, sem me ver, e chega cobrando essas coisas? Ele me magoou? Dane-se! Você me magoou muito mais!
E aí ele me disse que tudo que queria era me preservar, me permitir conhecer outras pessoas, da minha idade, viver com outras pessoas, e não me fazer sofrer mais por conta da nossa diferença e por conta da minha família.
Na época achei desculpa esfarrapada, mas depois percebi que eu precisava mesmo desse tempo. Precisava viver outras coisas, respirar outros ares, e gostar de outra pessoa pra perceber que quem eu amava era ele!
Bom, meio que voltamos nesse tempo, mas, ainda “sem relacionamento sério”. Aquilo sempre nos levava a brigas frequentes, mas eu o sentia precisando da minha presença tanto quanto eu precisava da dele.
Levamos isso escondido de agosto de 2012 até março desse ano, fiz 18 anos, comecei a trabalhar e arcar com minhas dívidas e adquiri mais autonomia para algumas coisas, e foi quando minha mãe drasticamente descobriu, e aí foi horrível. Não por ele ser mais velho, mas pela mentira, e eu sabia que ela tinha toda razão!
Contei pra ele terminando tudo na mesma hora, o medo falou muito mais alto! Cortei contato, deletei mensagens, fotos, memórias, tudo. Tudo mesmo. E pedindo praquilo passar rápido, não há como eu contar com detalhes, mas quando digo que ela descobriu drasticamente, é porque foi MESMO!
Enfim, ficamos assim até junho. Eu chorando todos os dias de saudade, ele tentando arrumar pretexto pra me ver, para vir se apresentar para minha família, e eu não permitia. Tente entender, eu não tenho mais pai... Ter minha mãe com raiva de mim por qualquer coisa me desespera, eu só tenho ela na vida!
(pra completar o clima, leia essa parte ouvindo essa música: http://www.youtube.com/watch?v=QoiYUl8j75w)
Com da desculpinha mais fofa para me ver, ele me comprou um livro. O Teorema Katherine, (recomendo ♥), e foi ai que nos revemos. Depois de três meses, olhar pra aquele corte de barba marcado, aqueles olhos mel que leem minha alma, e aquelas mãos que sempre souberam me tocar da forma mais carinhosa, me fizeram quase me desmanchar em lágrimas. Almoçamos, conversamos, e fomos dar uma volta no parque (relembrando os dois anos atrás, quando tudo começou).
Dentro do carro ele perguntou como estavam as coisas na minha casa, conversamos um pouco sobre isso, até que já estávamos abraçados.
Lembro direitinho como ficamos uns dez minutos só olhando pros olhos um do outro, admirando, criando coragem pra dar o primeiro passo, o beijo do reencontro, e nada. E ai, ele me beijou. Foi tão intenso quanto o primeiro, aquele que saí com a boca roxa, e eu de repente comecei a chorar.
A saudade era tanta, a vontade dele era tanta! Eu só chorava... E detalhe, estava tocando Tempo Perdido – Legião Urbana no carro, que é apenas minha música preferida pra vida.
Ali eu vi o quanto ele gostava de mim, o quanto era diferente dos outros! O que um cara de 30 anos viu numa garota, quase adulta, de 18? Que ainda chora com filme de cachorro e sempre assiste aos filmes da Saga Crepúsculo quando passa na TV a cabo... Pois é, não sei. Mas eu era primeiro lugar na vida dele. E foi ai que fui percebendo.
Ele sempre fazia minhas vontades, sua prioridade era me ver sorrir, assim como ele fala até hoje, ele sempre teve os melhores conselhos, e sempre acreditou em mim quando ninguém mais acreditava.
Ele sempre perguntava se eu estava bem, e se eu estava feliz depois de um dia que nos víamos. Ele sempre queria saber das minhas aspirações futuras, ele sempre perguntava se eu queria um conselho antes de ir falando, ele sempre respeitou meu espaço, e ele sempre esteve ali do meu lado sem nem eu pedir, era só ele sentir que eu precisava de ajuda.
Naquela mesma tarde no parque eu me vi com ele pelo resto da minha vida, eu ouvi as palavras dele e tive certeza: esse cara me ama. Já contei pra ele o nome das nossas filhas, e ele já concordou com os dois: Yasmin e Valentina. E tem que ter meu cabelo e a cor dos olhos dele, é regra!
Ele me prometeu dar um passo por vez, me acompanhar no meu crescimento, e me pediu ajuda para que ele crescesse cada vez mais. Ele me disse que eu era a luz da vida dele, que antes de mim, viver era só acordar, ir trabalhar, voltar pra casa e dormir. Segundo ele, eu dei cor, eu ofereci a mão e o chamei pra viver, pra conhecer o mundo, e ele finalmente viu que ele não podia fugir disso.
Combinamos que enfrentaríamos todo o preconceito da sociedade juntos. Toda a fúria da minha família, e todos os outros empecilhos que viessem pela frente. Hoje estamos mais que firmes, mais que fortes, mais que assumidos. Ele é meu bem, eu sou a pequena dele. Ele é meu guia, eu sou sua luz. Ele é meu homem, eu sou sua menina.
Ele é meu Jonathan, eu sou a Ana dele. Ele tem 30 anos, eu tenho 18. Em comum nós temos uma coisa: o amor. "


2 comentários:

  1. Conheço tim tim por tim tim dessa história e a felicidade não se mede em palavras ♥

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  2. concordo com a leilane...
    http://menina--estilosa.blogspot.com.br/

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